segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Relação entre o Bolsa Família e 2º Turno
Quanto maior o peso do Bolsa-Família no município, maior a votação de Dilma Rousseff (PT). Para José Serra (PSDB), a correlação é rigorosamente oposta: mais famílias atendidas na cidade, menos votos para o tucano. Já para Marina Silva (PV), a regra não fez diferença.
É o que se descobre ao se correlacionar a votação dos candidatos a presidente no primeiro turno com a proporção da famílias atendidas pelo programa federal de transferência de renda nos mesmos municípios.
Essa correlação positiva para Dilma tem implicações importantes para o segundo turno. A petista tem uma espécie de paraquedas eleitoral que lhe garante um patamar mínimo de votos, especialmente nas regiões onde o programa é mais importante para a economia local.
Em cerca de metade dos municípios brasileiros, o Bolsa-Família atende pelo menos um terço das famílias, segundo dados do governo federal obtidos pelo repórter Daniel Bramatti.
Na soma desses municípios, Dilma obteve, no primeiro turno, nada menos do que dois terços dos votos válidos. Serra ficou com apenas 24%, e Marina, com 10%. Em 9 de cada 10 dessas cidades, Dilma teve mais de 50% dos votos válidos e seria eleita já no primeiro turno.
Para sorte de Serra, essas cidades têm um alto porcentual de atendimento pelo Bolsa-Família porque suas populações não são muito grandes. Assim, esses 2.623 municípios somaram pouco menos de um quarto dos votos válidos para presidente no primeiro turno.
Se estendermos a análise para todo o País, veremos que a petista venceu o tucano em três quartos dos municípios brasileiros. Neles, o programa federal atende em média 40% das famílias. Já nas outras cidades onde ele teve mais votos do que ela, a média de atendimento é metade disso.
Mas seria um erro achar que Dilma só tem votos onde o Bolsa-Família é forte. Ela é mais forte nessas cidades, mas seu eleitorado não é pequeno nas cidades onde o programa de transferência de renda é menos influente.
As 538 cidades onde menos de 10% das famílias são atendidas por bolsas federais responderam por pouco menos de um terço dos votos válidos no primeiro turno. Nelas, Serra bateu Dilma, mas por uma margem apertada; 12,4 milhões de votos, contra 12,1 milhões da petista.
Fazem parte desse grupo os maiores municípios brasileiros fora do Norte e Nordeste do País. E é neles que deve ser travada a batalha do segundo turno. Marina teve 7,7 milhões de votos nessas cidades. E são esses seus eleitores que decidirão quem será o próximo presidente.
Para entender os gráficos. A correlação entre o porcentual de votos válidos de Dilma com o porcentual de alcance do Bolsa-Família é muito forte: 0,749. O coeficiente de correlação varia de -1 a +1, quanto mais próximo das pontas, mais forte a correlação.
Uma correlação positiva significa que as duas variáveis se movem na mesma direção: se uma sobe, a outra sobe junto. Ou seja, quanto mais pessoas recebendo bolsa, mais cresce o voto na petista.
A correlação não permite, porém, estabelecer uma relação de causa e efeito. Estatisticamente, não podemos dizer que é o Bolsa-Família que faz aumentar o voto em Dilma ou vice-versa. Sempre pode haver uma terceira variável, não analisada, que seja a responsável pelas variações.
Há uma correlação negativa entre o voto em Serra e o alcance do programa. O coeficiente é forte: -0,678. Ou seja, quanto maior o atendimento pelas bolsas federais, menor o porcentual de votos válidos de Serra.
Mais uma vez, não se pode dizer que uma coisa provoca a outra. Pode ser, por exemplo, que o tucano vá naturalmente melhor entre os mais ricos, que não precisam do Bolsa-Família, e por isso a correlação seja negativa.
Finalmente, não há correlação, nem negativa nem positiva, entre o voto em Marina e o Bolsa-Família. O que só reforça a ideia de que há outros fatores, não econômicos, que explicam esse voto, sejam eles morais ou relacionados à escolaridade do eleitor.
Nos gráficos abaixo, cada ponto representa um município. O posicionamento é dado pelo cruzamento do porcentual de alcance do Bolsa-Família (eixo horizontal) com o porcentual de votos válidos de cada candidato (eixo vertical).
Quando há uma correlação forte, os pontos tendem a se agrupar em torno de uma linha de tendência. Os municípios mais próximos da linha apresentam uma correlação mais forte. Formam uma mancha, que é a representação da regra. Os pontos perdidos longe da linha são a exceção.
Exemplo de município que segue a regra: Ouro Branco (AL) tem 77% de alcance do Bolsa-Família e deu 79% dos votos válidos para Dilma. Município que foge à regra é Roteiro, também em Alagoas, onde as bolsas atendem 77% das famílias e Dilma só teve 37% dos votos válidos.
OAB vai entregar em novembro a Dilma ou Serra proposta de reforma política
No próximo dia 18 de novembro o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante vai entregar ao sucessor(a) do presidente Luis Inácio Lula da Silva - Dilma Roussef ou José Serra - um documento denominado "Carta aos brasileiros" com as propostas básicas da sociedade civil para uma ampla reforma política. Para elaborar as propostas a OAB Nacional vai reunir nos dias 16 e 17 os maiores juristas do país no seminário Reforma Política - Um projeto para o Brasil. Ao todo, serão três painéis: Sistema de Governo, que será presidido pelo ministro Ricardo Lewandoswki; Sistema Eleitoral, que terá à frente o ministro Carlos Ayres Britto e Sistema Partidário, sob a coordenação da ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha.
Fonte: OAB
Bispo da Paraíba afirma que Dilma Roussef mente para o Brasil
Em vídeo de 15 minutos divulgado no YouTube, o arcebispo metropolitano da Paraíba, dom Aldo Pagotto, que já foi bispo em Sobral, acusa a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, de mentir para eleitores sobre seus verdadeiros projetos para o país.
Segundo o bispo, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio das ações de seu governo, contraria uma carta que ele teria escrito de próprio punho e encaminhado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) negando que estivesse disposto a legalizar o aborto no país.
O arcebispo lembra ainda que, em 2007, o PT aprovou uma resolução que incluindo a legalização do aborto e um novo estatuto que exigia, como requisito para ser candidato pela legenda, a concordância com as normas e resoluções partidárias. Ele destacou também que em 2008 os deputados petistas Luiz Bassuma e Henrique Afonso foram acusados e condenados de terem ferido a ética do partido, após se posicionarem contra a aprovação do projeto de lei que legalizaria o aborto no país.
Com informações do O Globo
Veja o vídeo:
Vem aí pesquisas do Vox Populi, Datafolha e Ibope para o 2º turno
Atenção internautas vem aí novas pesquisas para o 2º turno presidencial, confiram:
Vox Populi
O Vox Populi registrou pesquisa no dia 8 de outubro. O levantamento, encomendado pelo grupo IG, foi protocolado no TSE com o número 35648/2010 e vai ouvir 3.000 (três mil) eleitores brasileiros entre os dias 11 e 12 de outubro. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima estimada é de 1,8 pontos percentuais para mais ou para menos
Ibope
O Ibope também registrou pesquisa na última sexta-feira (8). A sondagem foi encomendada pela TV Globo e o jornal O Estado de São Paulo. Serão entrevistados 3010 (três mil e dez) eleitores em diferentes municípios do país, entre os dias 11 e 13 de outubro. A pesquisa foi registrada no TSE com o protocolo nº 35669/2010. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima estimada é de 2(dois) pontos percentuais para mais ou para menos.
Datafolha
Já o instituto Datafolha registrou pesquisa no sábado (9). O levantamento, encomendada pelo jornal Folha de São Paulo e a TV Globo, foi registrado no TSE com o protocolo nº 35746/2010. Serão entrevistados 3220 (três mil, duzentos e vinte) eleitores em diferentes municípios do país, entre os dias 14 e 15 de outubro. A margem de erro máxima prevista é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.
Com informações do Tribunal Superior Eleitoral.
Vox Populi
O Vox Populi registrou pesquisa no dia 8 de outubro. O levantamento, encomendado pelo grupo IG, foi protocolado no TSE com o número 35648/2010 e vai ouvir 3.000 (três mil) eleitores brasileiros entre os dias 11 e 12 de outubro. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima estimada é de 1,8 pontos percentuais para mais ou para menos
Ibope
O Ibope também registrou pesquisa na última sexta-feira (8). A sondagem foi encomendada pela TV Globo e o jornal O Estado de São Paulo. Serão entrevistados 3010 (três mil e dez) eleitores em diferentes municípios do país, entre os dias 11 e 13 de outubro. A pesquisa foi registrada no TSE com o protocolo nº 35669/2010. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima estimada é de 2(dois) pontos percentuais para mais ou para menos.
Datafolha
Já o instituto Datafolha registrou pesquisa no sábado (9). O levantamento, encomendada pelo jornal Folha de São Paulo e a TV Globo, foi registrado no TSE com o protocolo nº 35746/2010. Serão entrevistados 3220 (três mil, duzentos e vinte) eleitores em diferentes municípios do país, entre os dias 14 e 15 de outubro. A margem de erro máxima prevista é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.
Com informações do Tribunal Superior Eleitoral.
José Serra estará dia 16 em Canindé
Falamos há poucos instantes com o Deputado Marcos Cals que está em São Paulo acertando a vinda do candidato do PSDB José Serra para o Ceará. Até este exato momento está certa a ida do tucano para a cidade de Canindé no próximo dia 16 de outubro. Mas o roteiro completo de José Serra no Ceará será apresentado ainda hoje.
71% dos brasileiros rejeitam o aborto no Brasil
Apoio à proibição do aborto é a mais alta em 17 anos, desde que o levantamento começou a ser feito pelo instituto.
O apoio à proibição do aborto é o mais alto no Brasil desde 1993, quando o Datafolha começou a série histórica de perguntas sobre o tema.
Segundo pesquisa realizada na última sexta-feira em todo o país, 71% dos entrevistados afirmam que a legislação sobre o aborto deve ficar como está, contra 11% que defendem a ampliação das hipóteses em que a prática é permitida e 7% que apoiam a descriminalização.
Atualmente, o Código Penal brasileiro classifica o aborto entre os crimes contra a vida. A pena prevista para a mulher que o provocar ou permitir a prática em si mesma vai de um a três anos de detenção (artigo 124).
O código prevê duas situações em que o aborto não é crime (artigo 128): se não há outro meio de salvar a vida da gestante e se a gravidez é resultado de estupro.
Segundo pesquisa realizada na última sexta-feira em todo o país, 71% dos entrevistados afirmam que a legislação sobre o aborto deve ficar como está, contra 11% que defendem a ampliação das hipóteses em que a prática é permitida e 7% que apoiam a descriminalização.
Atualmente, o Código Penal brasileiro classifica o aborto entre os crimes contra a vida. A pena prevista para a mulher que o provocar ou permitir a prática em si mesma vai de um a três anos de detenção (artigo 124).
O código prevê duas situações em que o aborto não é crime (artigo 128): se não há outro meio de salvar a vida da gestante e se a gravidez é resultado de estupro.
Segundo Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, a rejeição recorde ao aborto pode ser resultado da ampla exposição que o tema teve nas últimas semanas.
O aborto ganhou espaço na mídia e na boca dos candidatos a presidente no final do primeiro turno, impulsionados pela movimentação de igrejas evangélicas e segmentos católicos que pregavam voto anti-Dilma Rousseff (PT) e pró-vida -a petista já defendeu a prática.
Na propaganda eleitoral de sexta, a primeira do segundo turno, tanto Dilma quanto José Serra (PSDB) falaram sobre o tema.
Segundo o Datafolha, a taxa dos eleitores que afirmam querer que a lei fique como está é semelhante entre os que no primeiro turno votaram em Dilma (71%), em Serra (72%) e em Marina Silva (70%), candidata do PV.
O apoio à proibição do aborto é razoavelmente homogêneo em todas as faixas da população, sempre em torno de 70%. No entanto, entre os que têm ensino superior e os mais ricos há menos apoiadores: 63% e 56%, respectivamente.
A série de pesquisas sobre o tema mostra uma tendência ao conservadorismo.
No levantamento feito em 1993, 54% afirmavam que as exceções deveriam continuar restritas aos casos de estupro e de risco à vida da gestante, enquanto 23% diziam apoiar o aborto em mais casos e 18% eram favoráveis a descriminalizar a prática.
Desde então, a manutenção da atual legislação veio ganhando apoio. Em 1997, 55% diziam apoiar a proibição. Em 2006, o número passou para 63%, depois para 68% em 2008.
Na propaganda eleitoral de sexta, a primeira do segundo turno, tanto Dilma quanto José Serra (PSDB) falaram sobre o tema.
Segundo o Datafolha, a taxa dos eleitores que afirmam querer que a lei fique como está é semelhante entre os que no primeiro turno votaram em Dilma (71%), em Serra (72%) e em Marina Silva (70%), candidata do PV.
O apoio à proibição do aborto é razoavelmente homogêneo em todas as faixas da população, sempre em torno de 70%. No entanto, entre os que têm ensino superior e os mais ricos há menos apoiadores: 63% e 56%, respectivamente.
A série de pesquisas sobre o tema mostra uma tendência ao conservadorismo.
No levantamento feito em 1993, 54% afirmavam que as exceções deveriam continuar restritas aos casos de estupro e de risco à vida da gestante, enquanto 23% diziam apoiar o aborto em mais casos e 18% eram favoráveis a descriminalizar a prática.
Desde então, a manutenção da atual legislação veio ganhando apoio. Em 1997, 55% diziam apoiar a proibição. Em 2006, o número passou para 63%, depois para 68% em 2008.
UIRÁ MACHADO
DE SÃO PAULO
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