O deputado Heitor Férrer (PDT) condenou nesta terça-feira (04/11), na Assembléia Legislativa do Ceará, o tratamento dado aos presidiários da Casa de Custódia de Caucaia e às presidiárias do Instituto Penal Auri Moura Costa. Segundo ele, os detentos e detentas são submetidos à condição desumana, sendo obrigados a ingerir água com fezes de roedores e a conviver com esgoto a céu aberto.
O parlamentar frisou que o secretário de Justiça e Cidadania, Marcos Cals, é um excelente administrador, conforme ficou demonstrado na época em que presidiu a Assembléia, quando construiu um prédio anexo, a TV Assembléia e deu todas as condições de trabalho aos deputados estaduais. Apesar disso, acrescentou Heitor, não tem conseguido fazer um bom trabalho no Executivo estadual por absoluta falta de condições.Para o representante pedetista, a situação dos presídios não se justifica porque o Estado teria todas as condições financeiras para executar as melhorias necessárias.
Lembrou que em recente matéria publicada na imprensa, foram divulgados os resultados financeiros do Estado. Conforme os números, o Governo teria cerca de R$ 2,2 bilhões em caixa, mais do que suficientes para atender todas as demandas sociais do Ceará, na avaliação de Heitor Férrer.“Matéria de jornal publicada no jornal Diário do Nordeste, foi afirmado que os agentes prisionais são obrigados a usar máscaras. E o presidiários, esses não podem usar máscara, têm de beber água salobra e esgoto a céu aberto.
O Estado tem ativo financeiro de R$ 2,207 bilhões, mas os serviços públicos deprimem a quem deles precisa”, acentuou Heitor.Em aparte, o deputado Ely Aguiar (PSDC) frisou que conhece de perto quem são os detentos do Estado, por causa da sua profissão de repórter policial. “São assassinos, estupradores, gente que mata para roubar um celular.
Antes de o Estado investir recursos para solucionar os problemas dos presídios deveria tirar as crianças das ruas e das drogas”, avaliou. Em resposta, Heitor Férrer explicou que os detentos só conheceram os serviços públicos através da polícia, do delegado, do promotor e do juiz. Nunca tiveram acesso aos serviços essenciais, como saúde e educação. “E mesmo assim, o Estado mantém em caixa R$ 2,2 bilhões e não trata com dignidade a população”, criticou.
JS
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Socialcomunicacao@al.ce.gov.br