A base aliada que compõe o governo de Dilma comandará 16 dos 27 estados do país, a partir do dia 1º de janeiro de 2011.
Em contrapartida, a oposição conseguiu, ao todo, o comando de 11 estados.
O PSB é o partido aliado com o maior número de governadores eleitos, seis ao todo: ES, AP, CE, PE, PI e PB.
O PMDB elegeu cinco governadores: RJ, RO, MA, MS e MT. O mesmo número do PT que elegeu governadores no AC, BA, SE, DF e RS.
O PSDB garantiu o comando de oito estados: SP, MG, TO, RR, PA, AL, GO e PR.
Da oposição, além do PSDB, o DEM elegeu dois (RN e SC) e o PMN um (AM).
Confira por região o nome e o partidos dos candidatos eleitos:
Norte Amapá – Camilo Capiberibe (PSB)
Amazonas - Omar Aziz (PMN)
Acre – Tião Viana (PT)
Tocantins - Siqueira Campos (PSDB)
Rondonia – Confúcio Moura (PMDB)
Roraima – Anchieta Júnior (PSDB)
Pará - Simão Jatene (PSDB)
Nordeste Alagoas – Teotônio Vilela Filho (PSDB)
Bahia - Jacques Wagner (PT)
Ceará – Cid Gomes (PSB)
Maranhão – Roseana Sarney (PMDB)
Pernambuco – Eduardo Campos (PSB)
Piauí - Wilson Martins (PSB)
Paraíba – Ricardo Coutinho (PSB)
Rio Grande do Norte – Rosalba Ciarlini (DEM)
Sergipe - Marcelo Deda (PT)
Centro-Oeste Mato Grosso do Sul – André Pucinelli (PMDB)
Mato Grosso – Silval Barbosa (PMDB)
Distrito Federal – Agnelo Queiroz (PT)
Goiás – Marconi Perillo (PSDB)
Sudeste Espírito Santo – Renato Gasagrande (PSB)
Minas Gerais – Antônio Anastásia (PSDB)
São Paulo – Geraldo Alckmin (PSDB)
Rio de Janeiro – Sérgio Cabral (PMDB)
Sul Paraná - Beto Richa (PSDB)
Rio Grande do Sul - Tarso Genro (PT)
Santa Catarina – Raimundo Colombo(DEM)
Noblat
domingo, 31 de outubro de 2010
Mais de 33% dos eleitores de Icó não comparecem no 2º turno
Números de Icó nestas eleiçoes 2010. O município ofereceu a nova presidente, Dilma ,83,31 % dos votos e Serra ficou com 16,69 % dos votos. Dos 50.545 eleitores a abstenção foi de 16.706 mais de 33 % o comparecimento foi de 33.839 eleitores. Votos em Branco,359, nulos: 1.185.
No total Dilma Rousseff obteve 26.905 votos e José Serra 5.390 votos.
No total Dilma Rousseff obteve 26.905 votos e José Serra 5.390 votos.
Imprensa internacional repercute vitória de Dilma no Brasil
As edições online dos principais jornais do mundo repercutem nesta noite a vitória da primeira presidente que o Brasil já teve. Um dos primeiros a noticiar a vitória da candidata petista, o espanhol El País, destacou que o presidente Lula "sempre deixou claro que a vitória de sua candidata era uma vitória dele próprio".
Um dos mais importantes jornais do mundo, o New York Times destacou que a "ex-guerrilheir" Dilma foi vitoriosa após a promessa de "seguir com as políticas que tiraram milhões da pobreza" e tornaram o Brasil "uma das mais quentes economias do mundo".
O Wall Street Journal, bússola do mercado financeiro, publicou que a vitória da petista foi "selada pela ampla prosperidade econômica" e pela popularidade de seu "predecessor e mentor", Luiz Inácio Lula da Silva. Também classifica Dilma como uma "burocrata" relativamente desconhecida.
O argentino La Nación escreveu em sua edição online que a petista "arrasou com 55,05%" dos votos. O italiano La Reppublica afirmou que a "pupila" do presidente Lula se elegeu dentro de sondagens que "sempre deram no mínimo 10% de margem".
Entre os periódicos franceses, o Le Monde não esconde sua simpatia e coloca a candidata petista como uma "sobrevivente de um câncer" e herdeira política do presidente "mais popular" da história do Brasil. O Le Figaro, mais crítico, destaca no título que a campanha foi "deletéria" (degradante), dizendo que o país está há "fogo e sangue" após a disputa.
O jornal britânico The Guardian destaca a história de Dilma como "ex-rebelde marxista" e a negativa do partido verde em apoiar a candidata do governo, o que lhe daria uma maioria "instantânea". O português Diário de Notícias destaca na capa a altíssima abstenção destas eleições. "Apesar do voto ser obrigatório no Brasil, a abstenção ronda os 21%." O também português Correio da Manhã destacou que "mesmo antes do resultado oficial, Dilma já falava como presidente e disse que irá governar para todos os brasileiros".
Búlgaros tiram "casquinha" de vitória
A edição internacional da agência de notícias novinite.com dá amplo destaque para a descendência búlgara da candidata vitoriosa. A agência da Bulgária lembra do pai da ex-ministra da Casa Civil, Petar Rusev, que mudou seu nome para "Pedro Rousseff", que fugiu da Bulgária para a França em 1929 e depois para a América Latina durante a 2a Guerra Mundial, em 1944.
Em uma nota separada, destaca ainda Momchil Indzhov, o "primeiro búlgaro" a entrevistar Dilma Rousseff, "autor de duas das três entrevistas" publicadas na bulgária com a petista. O site ainda promete uma "empolgante" cobertura da vitória da primeira presidente mulher do Brasil na edição do Sofia Morning News nesta segunda-feira.
Terra
Um dos mais importantes jornais do mundo, o New York Times destacou que a "ex-guerrilheir" Dilma foi vitoriosa após a promessa de "seguir com as políticas que tiraram milhões da pobreza" e tornaram o Brasil "uma das mais quentes economias do mundo".
O Wall Street Journal, bússola do mercado financeiro, publicou que a vitória da petista foi "selada pela ampla prosperidade econômica" e pela popularidade de seu "predecessor e mentor", Luiz Inácio Lula da Silva. Também classifica Dilma como uma "burocrata" relativamente desconhecida.
O argentino La Nación escreveu em sua edição online que a petista "arrasou com 55,05%" dos votos. O italiano La Reppublica afirmou que a "pupila" do presidente Lula se elegeu dentro de sondagens que "sempre deram no mínimo 10% de margem".
Entre os periódicos franceses, o Le Monde não esconde sua simpatia e coloca a candidata petista como uma "sobrevivente de um câncer" e herdeira política do presidente "mais popular" da história do Brasil. O Le Figaro, mais crítico, destaca no título que a campanha foi "deletéria" (degradante), dizendo que o país está há "fogo e sangue" após a disputa.
O jornal britânico The Guardian destaca a história de Dilma como "ex-rebelde marxista" e a negativa do partido verde em apoiar a candidata do governo, o que lhe daria uma maioria "instantânea". O português Diário de Notícias destaca na capa a altíssima abstenção destas eleições. "Apesar do voto ser obrigatório no Brasil, a abstenção ronda os 21%." O também português Correio da Manhã destacou que "mesmo antes do resultado oficial, Dilma já falava como presidente e disse que irá governar para todos os brasileiros".
Búlgaros tiram "casquinha" de vitória
A edição internacional da agência de notícias novinite.com dá amplo destaque para a descendência búlgara da candidata vitoriosa. A agência da Bulgária lembra do pai da ex-ministra da Casa Civil, Petar Rusev, que mudou seu nome para "Pedro Rousseff", que fugiu da Bulgária para a França em 1929 e depois para a América Latina durante a 2a Guerra Mundial, em 1944.
Em uma nota separada, destaca ainda Momchil Indzhov, o "primeiro búlgaro" a entrevistar Dilma Rousseff, "autor de duas das três entrevistas" publicadas na bulgária com a petista. O site ainda promete uma "empolgante" cobertura da vitória da primeira presidente mulher do Brasil na edição do Sofia Morning News nesta segunda-feira.
Terra
Município de Viçosa do Ceará dá vitória para José Serra
Em Viçosa do Ceará, José Serra vence novamente . Após o encerramento da apuração. O município ofereceu ao candidato do PSDB ,51,36% dos votos e Dilma obteve 48,64% % dos votos. Dos 40.278 eleitores a abstenção foi de 8.884 o comparecimento foi de 31.394 eleitores. Votos em Branco,300, nulos: 1.148.
No total Dilma Rousseff obteve 14.565 votos e José Serra 15.381 votos.
Fonte: www.iguatu.net
Iguatu dá 84,97% dos seus votos para Dilma Rousseff
Uma eleição bastante tranquila aconteceu no município de Iguatu, neste domingo, 31. Onde 50.553 eleitores compareceram nas seções para votarem no segundo turno. Durante todo o dia a reportagem do Iguatu.et pode acompanhar a votação e observar que as filas foram pequenas devido a velocidade na hora de votar. Em média os populares passavam quase 30 segundos para cocncluir a votação na cabine eleitoral, " as filas não acontecem devido a rapidez que o eleitor está votando, além disso, as pessoas estão chegando em horários diferentes, deixando para votar no final da manhã e da tarde" disse uma mesária que estava em uma seção no Colégio Liceu de Iguatu.
A senhora Otaviana Mendes, 67, foi uma das eleitoras que participaram deste momento democrático, " venho sempre, pois muita gente morreu por nós, para que pudessemos participar deste momento. Eles lutaram contra a ditadura e venceram e faço uma homenagem a todos eles em cada votação" disse.
Durante o dia nada foi registrado no comando da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Falamos com o Promotor Eleitoral, Fernando Miranda, que também afirmou para a nossa reportagem sobre a tranquilidade do pleito em Iguatu, " foi totalmente diferente do primeiro turno, queria que toda eleição fosse assim em nosso município" destacou.
E por volta das 20h26min. aconteceu a totalização da apuração em Iguatu onde registrou a vitória de Dilma Rousseff com 84,97% dos votos e José Serra com 15,03% dos votos.
O comparecimento foi de 50.553 eleitores e a abstenção foi de 18.016 eleitores. Votos em branco, 855 e nulos, 1.643.
Em números Dilma Roussef obteve 40.832 votos contra 7.223 votos de Serra.
Ainda na mesma noite em entrevista a Rádio Liberdade Liberdade AM de Iguatu, o prefeito Agenor Neto, parabenizou a população pela expressiva vitória de Dilma Rousseff.
A senhora Otaviana Mendes, 67, foi uma das eleitoras que participaram deste momento democrático, " venho sempre, pois muita gente morreu por nós, para que pudessemos participar deste momento. Eles lutaram contra a ditadura e venceram e faço uma homenagem a todos eles em cada votação" disse.
Durante o dia nada foi registrado no comando da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Falamos com o Promotor Eleitoral, Fernando Miranda, que também afirmou para a nossa reportagem sobre a tranquilidade do pleito em Iguatu, " foi totalmente diferente do primeiro turno, queria que toda eleição fosse assim em nosso município" destacou.
E por volta das 20h26min. aconteceu a totalização da apuração em Iguatu onde registrou a vitória de Dilma Rousseff com 84,97% dos votos e José Serra com 15,03% dos votos.
O comparecimento foi de 50.553 eleitores e a abstenção foi de 18.016 eleitores. Votos em branco, 855 e nulos, 1.643.
Em números Dilma Roussef obteve 40.832 votos contra 7.223 votos de Serra.
Ainda na mesma noite em entrevista a Rádio Liberdade Liberdade AM de Iguatu, o prefeito Agenor Neto, parabenizou a população pela expressiva vitória de Dilma Rousseff.
Fonte: www.iguatu.net
Quixelô dá 8.202 votos para Dilma Rousseff
Quixelô, já encerrou a apuração. O município vizinho de Iguatu ofereceu a nova presidente, Dilma ,85,98 % dos votos e Serra ficou com 14,02 % dos votos. Dos 11.855 eleitores a abstenção foi de 1.752 o comparecimento foi de 9.539 eleitores. Votos em Branco,147, nulos: 417.
No total Dilma Rousseff obteve 8.202 votos e José Serra 1.337 votos.
No total Dilma Rousseff obteve 8.202 votos e José Serra 1.337 votos.
Várzea Alegre dá 79,90% dos votos para Dilma Rousseff
Várzea Alegre, já encerrou a apuração. O município ofereceu a nova presidente, Dilma ,79,90 % dos votos e Serra ficou com 20,10 % dos votos. Dos 29.318 eleitores a abstenção foi de 7.076 mais de 22% o comparecimento foi de 22.242 eleitores. Votos em Branco,336, nulos: 981.
No total Dilma Rousseff obteve 16.679 votos e José Serra 4.196 votos.
No total Dilma Rousseff obteve 16.679 votos e José Serra 4.196 votos.
Juazeiro do Norte dá 67,12% dos seus votos para Dilma
Juazeiro do Norte, já encerrou a apuração. Na cidade do Padre Cícero, Dilma obteve 67,12 % dos votos e Serra ficou com 32,88 % dos votos. Dos 157.143 votos a abstenção foi de 37.001 mais de 23% o comparecimento foi de 120.142 eleitores. Votos em Branco foi de 2.666, nulos: 4.168.
No total Dilma Rousseff obteve 76.051 votos e José Serra 37.257 votos.
No total Dilma Rousseff obteve 76.051 votos e José Serra 37.257 votos.
Dilma Rousseff é eleita primeira mulher presidente do Brasil
Após quatro meses de uma campanha em que temas morais e religiosos ofuscaram propostas concretas sobre temas importantes à nação, Dilma Rousseff é eleita a primeira presidente da história brasileira. A candidata petista derrotou o tucano José Serra em um segundo turno em que a abstenção superou os 20 milhões de eleitores.
Quatro segundos. Nenhuma palavra. Uma mesa distante da do chefe. Essa foi a participação de Dilma Rousseff na primeira propaganda eleitoral do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. Oito anos depois, ungida por seu mentor para sucedê-lo, a ex-ministra, na primeira disputa eleitoral de sua vida, transcendeu a fama de gestora sisuda para se tornar a primeira presidente da história brasileira.
Sem programa, um de seus desafios será provar que não é apenas uma sombra de Lula, dizem analistas. Além da confiança do presidente, o grande trunfo da petista foi a política de alianças adotada pelo PT e pelo próprio presidente para elegê-la. Graças ao apoio formal de PMDB, PCdoB, PDT, PRB, PR, PSB, PSC, PTC e PTN, a campanha de Dilma ganhou força com o início do horário eleitoral obrigatório. Com isso, a candidata ganhou personalidade.
Ficou por pouco o triunfo já no 1º turno, depois de uma onda de rumores e outra de denúncias envolvendo seus aliados. Para vencer na votação de 31 de outubro, a ex-ministra-chefe da Casa Civil teve de renovar seu pragmatismo assinando compromissos com religiosos, iniciar campanha negativa contra o rival José Serra (PSDB) e trocar a gagueira que a abatia nos idos de abril, na pré-campanha, por aquilo que chamou de “assertividade”, mas que foi considerado agressividade pelos adversários.
No caminho para ser hoje a presidente eleita do Brasil, Dilma sofreu para ganhar trânsito com políticos em geral e com eleitores mais animados em ver seu mentor do que a ela própria.
Precisou de dois Josés Eduardos para guiá-la: Dutra, presidente do PT, e Cardozo, secretário-geral do partido. Obediente e pragmática, atendeu prontamente aos conselhos do marqueteiro João Santana. Adotou novo visual.
A presidente eleita forjada na campanha é diferente da especialista em energia que, com seu temperamento forte, foi alçada ao primeiro time do governo após o escândalo do mensalão, em 2005.
Neste ano, tentou aliviar a imagem da mulher que passava descomposturas em colegas ministros. “Sou uma mulher dura cercada de homens meigos”, costuma dizer, em tom de ironia. Buscou evitar confrontos, mas às vezes partiu para o ataque, principalmente em momentos-chave do segundo turno.
Filiada ao PT há menos de uma década, a ex-pedetista Dilma conquistou seu primeiro cargo público pelo voto. No fim dos anos 80, ninguém pensava que a secretária de Finanças de Porto Alegre iria tão longe.
O mesmo se passou com quem a visse na mesma pasta do governo gaúcho, anos depois. Agora ela terá quatro anos para provar se é capaz de atuar como protagonista, e não como uma mera coadjuvante.
Sem programa
Dilma não precisou de uma Carta ao Povo Brasileiro –nos moldes da divulgada por Lula antes da campanha de 2002, indicando que não faria mudanças radicais na economia.
Mas, no segundo turno, comprometeu-se com questões religiosas. Após uma campanha contra ela em igrejas católicas e templos evangélicos, prometeu não enviar ao Congresso projetos que interfiram nesses assuntos. Assim, estancou a polêmica sobre sua posição a respeito da liberação do aborto.
“Em uma campanha com candidatos tão parecidos, essa carta foi um momento importante porque evitou maior acirramento e colocou as coisas no lugar”, disse ao UOL Eleições o cientista político Luciano Dias, do Ibep (Instituto Brasileiro de Estudos Políticos).
“A Dilma neobeata foi mais um sinal de pragmatismo. É um sinal de que a governabilidade será tão ou mais importante do que foi para Lula, já que ela não tem o mesmo estofo”, afirma Dias.
A presidente eleita insistiu tanto na defesa de avanços recentes que nem sequer apresentou plano de governo. “Sabemos o que acontecerá na parte econômica? Não. Sabemos se haverá reformas? Não. O que sabemos é que Dilma terá a sombra de Lula do começo ao fim de seu governo”, afirma Cláudio Couto, da FGV (Fundação Getúlio Vargas). "O sinal dado por sua campanha é de que as coisas vão continuar mais ou menos como estão.”
Ainda assim, com tantas dúvidas sobre o que virá, não houve solavancos no mercado financeiro. Está subentendido que serão mais quatro anos de autonomia não-formal do Banco Central, de câmbio flutuante, de investimento em infraestrutura e de medidas macroeconômicas em fatias, raramente em forma de pacotes. “A conversão do PT já está feita. Lula vai sair carregado nos braços, e o mercado já não liga”, afirma Dias.
A volúpia do PMDB e de aliados à esquerda, como PSB e PCdoB, mais poderosos depois das eleições 2010, também acende dúvidas sobre se a presidente eleita será capaz de acomodar tantos aliados de primeira hora em seu governo.
Adversários acusam e aliados reconhecem: Dilma não terá a mesma capacidade de articulação exercida por Lula. “E seria diferente se Serra vencesse?”, pergunta Couto.
Sem teflon
Na campanha, a presidente eleita mostrou que aprendeu mais uma lição de seu maior defensor: deixar pelo caminho aliados que se envolvam em práticas suspeitas.
Na reta final das eleições, Dilma sofreu ataques dos adversários por conta de sua ex-braço direito na Casa Civil, Erenice Guerra, demitida do ministério depois que seu filho se envolveu com lobistas. Lula fez o mesmo com José Dirceu e Antonio Palocci.
“Não vou aceitar que se julgue a minha pessoa com base no que aconteceu com um filho de uma ex-assessora”, disse Dilma. As pesquisas citaram o caso Erenice como principal fator para a disputa do segundo turno.
“A popularidade do Lula é resultado de décadas. A maior parte da popularidade de Dilma não vem dela mesma”, afirma Dias, do Ibep. “Até pela folgada maioria no Congresso, ela será mais observada pela mídia.”
Alguns dizem que Dilma esquentará o principal assento do Palácio do Planalto para que Lula retorne em 2014. Outros preferem vê-la como uma mulher forte, que sobreviveu à prisão e ao câncer para golpear um cenário político repleto de caras antigas. Uns tantos a consideram uma burocrata que terá dificuldades para conduzir o país por falta de ginga com os políticos de Brasília.
Com uma trajetória que só começou a ser conhecida há poucos meses, talvez o Brasil precise de quatro anos para saber a resposta.
Faltam referências –e plano de governo divulgado– para definir-se o que Dilma buscará de diferente em relação a Lula. Se é que fará isso. O dado concreto –como a própria gosta de dizer– é que ela ascendeu de figurante em 2002 a estrela em 2010.
UOL
Boca de urna do Ibope mostra Dilma com 57% e Serra com 43%
A pesquisa de boca de urna apurada pelo Ibope neste domingo trará Dilma Rousseff à frente do tucano José Serra com folga. Segundo a Folha apurou, Dilma recebeu 57% dos votos e Serra, 43%.
No primeiro turno, o Ibope apontava indefinição do quadro. No dia 3 de outubro, a petista recebeu 51% das intenções de voto. José Serra obteve 30%. A eleição acabou indo para o segundo turno.
O resultado deve ser divulgado a partir das 19h de Brasília --quando termina a votação no Acre-- pelo instituto e pela TV Globo.
Folha
Justiça registra 1.195 urnas trocadas e 77 prisões até o momento
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) registrou até o início da tarde deste domingo, a troca de 1.195 urnas eletrônicas, o equivalente a 0,29% do total de máquinas, e 77 prisões por irregularidades eleitorais –o Pará lidera a lista, com 19 presos.
O número de urnas trocadas é ligeiramente superior ao registrado no mesmo horário, no primeiro turno, em 3 de outubro. Na ocasião, 1.141 urnas foram substituídas. Os dados foram divulgados pelos ministros Arnaldo Versiani e Henrique Neves.
Segundo o tribunal, até agora houve 149 ocorrências de crimes eleitorais, entre as quais 77 acabaram em prisão. Após o Pará, lideram a lista de prisões os estados da Bahia (11) e Goiás (19).
O número é menor do que o contabilizado no mesmo horário no primeiro turno, em 3 de outubro. Na ocasião, 368 pessoas foram detidas. Versiani atribuiu a queda no número de prisões à disputa de menos cargos que do no primeiro turno.
Segundo o TSE, os motivos para as prisões são boca de urna e divulgação de propaganda, práticas proibidas pela lei.
O Povo
O número de urnas trocadas é ligeiramente superior ao registrado no mesmo horário, no primeiro turno, em 3 de outubro. Na ocasião, 1.141 urnas foram substituídas. Os dados foram divulgados pelos ministros Arnaldo Versiani e Henrique Neves.
Segundo o tribunal, até agora houve 149 ocorrências de crimes eleitorais, entre as quais 77 acabaram em prisão. Após o Pará, lideram a lista de prisões os estados da Bahia (11) e Goiás (19).
O número é menor do que o contabilizado no mesmo horário no primeiro turno, em 3 de outubro. Na ocasião, 368 pessoas foram detidas. Versiani atribuiu a queda no número de prisões à disputa de menos cargos que do no primeiro turno.
Segundo o TSE, os motivos para as prisões são boca de urna e divulgação de propaganda, práticas proibidas pela lei.
O Povo
175 urnas com defeito no Ceará
Até este exato momento mais 91 urnas apresentaram problemas técnicos nesta tarde de domingo no 2º turno das eleições 2010 em todo o Ceará. Ao todo até agora já são 175 equipamentos com defeitos.
Até às 15h45 deste domingo (31), foram registradas 51 substituições de equipamentos na capital e 22, no interior.
Os casos de defeitos diversos em urnas foram 102.
Até às 15h45 deste domingo (31), foram registradas 51 substituições de equipamentos na capital e 22, no interior.
Os casos de defeitos diversos em urnas foram 102.
TRE -CE recebe cinco denuncias através do 148
Entramos em contato com o setor responsável pelo disque eleições do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) e até o exato momento o mesmo recebeu cinco denúncias, casos de boca de urna e utilização de carros de som e bandeiras. Para quem desejar realizar alguma denuncia basta ligar para o 148.
Homem é assassinado na Vila Moura
Na madrugada de hoje, 31, por volta da 01h30min, a Polícia Militar recebeu a informação de que um homem fora assassinado na Rua São Gabriel, à altura do número 192, na vila Moura.
A PM através da RD 1251, composta pelos policiais SD PM SANTOS e SD Diogo, os quais se deslocaram até o local e constataram a veracidade da informação. Os policiais encontraram em frente à residência acima mencionada o corpo de um homem magro, de cavanhaque, com duas perfurações, aparentemente de arma de fogo, uma destas à altura do peito esquerdo e outra no olho direito. A vítima, que até o presente momento não foi identificada e da qual nenhum morador soube dar informações, ainda foi lesionada no pescoço com objeto cortante, provavelmente uma faca. O Rabecão esteve no local e recolheu o corpo para o I.M.L a fim de ser necropsiado. Saliente-se que os moradores do local informaram não saber ou não ter ouvido ou visto nada sobre o fato e que a casa onde o corpo se encontrava próximo, estava de portas abertas e não foi encontrado ninguém que lá residia.
Fonte: www.iguatu.net
A PM através da RD 1251, composta pelos policiais SD PM SANTOS e SD Diogo, os quais se deslocaram até o local e constataram a veracidade da informação. Os policiais encontraram em frente à residência acima mencionada o corpo de um homem magro, de cavanhaque, com duas perfurações, aparentemente de arma de fogo, uma destas à altura do peito esquerdo e outra no olho direito. A vítima, que até o presente momento não foi identificada e da qual nenhum morador soube dar informações, ainda foi lesionada no pescoço com objeto cortante, provavelmente uma faca. O Rabecão esteve no local e recolheu o corpo para o I.M.L a fim de ser necropsiado. Saliente-se que os moradores do local informaram não saber ou não ter ouvido ou visto nada sobre o fato e que a casa onde o corpo se encontrava próximo, estava de portas abertas e não foi encontrado ninguém que lá residia.
Fonte: www.iguatu.net
TSE registra 13 prisões em todo o país até as 10h30 deste domingo
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que, até as 10h30 deste domingo (31), 13 pessoas foram presas por crimes eleitorais em todo o país. Ao todo, o Tribunal registrou 34 ocorrências no país, sendo 21 delas sem prisão. Os dados foram repassados ao TSE pelos tribunais regionais. Até o momento, nenhum candidato foi preso.
"A maior parte [das prisões] está relacionada com a boca de urna e com a divulgação de propaganda eleitoral", disse assessor-chefe da Corregedoria Geral Eleitoral, Sérgio Cardoso. Ele relatou o caso de um mesário em Balneário Piçarras (SC) que, por determinação do juiz eleitoral, foi obrigado a trabalhar. Entretanto, ele se recusou, agrediu o servidor da Justiça Eleitoral e acabou preso.
Do total de 13 prisões feitas em todo país, a maior parte aconteceu no estado da Bahia, que registrou cinco casos. Outras duas prisões foram feitas no Distrito Federal e mais duas ocorrências foram registradas em Goiás. Minas Gerais e Paraíba também tiveram dois casos de prisão cada.
G1
"A maior parte [das prisões] está relacionada com a boca de urna e com a divulgação de propaganda eleitoral", disse assessor-chefe da Corregedoria Geral Eleitoral, Sérgio Cardoso. Ele relatou o caso de um mesário em Balneário Piçarras (SC) que, por determinação do juiz eleitoral, foi obrigado a trabalhar. Entretanto, ele se recusou, agrediu o servidor da Justiça Eleitoral e acabou preso.
Do total de 13 prisões feitas em todo país, a maior parte aconteceu no estado da Bahia, que registrou cinco casos. Outras duas prisões foram feitas no Distrito Federal e mais duas ocorrências foram registradas em Goiás. Minas Gerais e Paraíba também tiveram dois casos de prisão cada.
G1
56 urnas precisaram ser trocadas em todo o Ceará
A coordenadora das eleições do Ceará, Edna Sabóia, divulgou a pouco as ocorrências de urnas trocadas em todo estado. Ao todo foram 56 urnas em todo Estado, 21 foram substituídas, entre elas 7 na capital e 14 no interior.
Os municípios com urnas trocadas foram: Itapipoca, Eusébio e Caucaia.
DETALHE: Na localidade de Ingazeiras no município de Aurora, o presidente da seção chegou com atraso de 15 minutos devido o aumento do leito do rio por conta das chuvas na madrugada deste domingo. Contudo, a coordenadora das eleições informou que a votação está tranqüila na localidade e nas demais regiões do Estado.
Os municípios com urnas trocadas foram: Itapipoca, Eusébio e Caucaia.
DETALHE: Na localidade de Ingazeiras no município de Aurora, o presidente da seção chegou com atraso de 15 minutos devido o aumento do leito do rio por conta das chuvas na madrugada deste domingo. Contudo, a coordenadora das eleições informou que a votação está tranqüila na localidade e nas demais regiões do Estado.
Trinta observadores internacionais acompanham eleições
As eleições no Distrito Federal (DF) contam com cerca de 30 observadores internacionais que visitam várias seções. Em um centro universitário de Brasília, os observadores ocuparam uma parte da sala, onde tiraram dúvidas sobre o processo eleitoral brasileiro com um representante do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), enquanto do outro lado da seção eleitores votavam.
José Serra vota em São Paulo acompanhado de aliados
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, votou por volta das 11h30 deste domingo no Colégio Santa Cruz, em Pinheiros (zona oeste de São Paulo).
Serra votou acompanhado de sua mulher, Monica e seus companheiros de coligação: o governador eleito, Geraldo Alckmin (PSDB), o atual governador Alberto Goldman (PSDB), o prefeito da Capital, Gilberto Kassab (DEM), o senador eleito por São Paulo Aloysio Nunes (PSDB).
Depois de confirmar seu voto, ele posou para fotos acompanhado de duas crianças e a mulher -- todos fazendo com as mãos o gesto que simboliza a vitória.
No primeiro turno, o candidato votou no começo da tarde e estava acompanhado do seu vice, Indio da Costa (DEM-RJ).
Folha
Serra votou acompanhado de sua mulher, Monica e seus companheiros de coligação: o governador eleito, Geraldo Alckmin (PSDB), o atual governador Alberto Goldman (PSDB), o prefeito da Capital, Gilberto Kassab (DEM), o senador eleito por São Paulo Aloysio Nunes (PSDB).
Depois de confirmar seu voto, ele posou para fotos acompanhado de duas crianças e a mulher -- todos fazendo com as mãos o gesto que simboliza a vitória.
No primeiro turno, o candidato votou no começo da tarde e estava acompanhado do seu vice, Indio da Costa (DEM-RJ).
Folha
Justiça Eleitoral troca 686 urnas eletrônicas no país, diz TSE
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) registrou a substituição de 0,1% das urnas eletrônicas até as 10h30 deste domingo. Das 400.001 urnas, 686 foram trocadas.
O maior índice de substituição foi registrado no Distrito Federal (0,8%), seguido pelo Rio de Janeiro (0,4%) e por Santa Catarina (0,3%).
Por enquanto não há registro de seções eleitorais utilizando votação manual, por cédulas.
Os dados foram divulgados pelo secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino. Segundo ele, o índice de troca está dentro do normal previsto pela Justiça Eleitoral.
Foi registrada falta de energia em algumas localidades, mas sem prejuízo ao funcionamento das urnas.
Folha
Fernanda Torres: ‘Propaganda e marketing’ eleitoral
“Jamais compreendi o direcionamento populista do marketing de José Serra. No primeiro turno, levei um choque quando assisti a uma cena em que o candidato do PSDB se sentava no sofá de uma senhora singela para ouvi-la falar a respeito de um problema de saúde no olho.
‘Depois desse olho, a senhora perdeu o outro olho?’ Perguntava ele. A enferma, então, ameaçava chorar e Serra abraçava-a com dó, pedindo que não se emocionasse porque, senão, ele se emocionaria junto. Só faltou o violino cigano.
Um especialista em linguagem do corpo afirmou, logo no início do primeiro turno, que o tucano passava a ideia de que sabia do que estava falando, mas não se importava com o próximo. Talvez opiniões como essas tenham-no levado a gravar cenas tão lacrimosas.
Quando Marina deu o segundo turno de presente para a oposição, achei que o populismo seria deixado de lado em prol de uma mensagem mais adulta e objetiva.
Ledo engano.
Serra continuou exalando bondade enquanto abria seu programa de forma sensacionalista, demonizando Dilma e rebatendo com o mesmo dólar furado as acusações de entreguismo feitas ao governo FHC pelo PT.
O público percebe quando está sendo tratado como criança.
O público percebe quando está sendo tratado como criança.
Há duas semanas, recebi por e-mail um depoimento contundente postado por Hélio Bicudo via internet. Nele, o bacharel em direito e fundador do PT chamava a atenção para os exageros partidários de Lula, para a ameaça à liberdade de expressão e pedia que a população, por meio de seu voto, se posicionasse contra um partido que coloca seus interesses acima dos da nação.
O time de Serra devia ter poupado o trabalho e transmitido as palavras de Bicudo no ar, em looping, no horário eleitoral.
A equipe de Dilma também fez a caveira dos tucanos, mostrou sua candidata visitando casebres, brincando com o cachorro e conversando com desamparados, mas sempre como pano de fundo.
O grande trunfo do programa do PT -além da luz caprichada, do custo superior e do auxílio luxuoso de Lula- foi uma entrevista extremamente bem produzida em que a candidata petista se dirigia a um arguidor oculto.
Editada de Dilma para a própria Dilma, a peça publicitária lhe dava tempo de exprimir suas ideias sem sofrer com o que parece ser uma dislexia verbal que apresenta em público, de pausar sem que parecesse branco, de não ser agressiva como exigem os debates nem sorridente ‘pede voto’.
A impressão de intimidade, criada com a longa conversa e os silêncios para reflexão, destacava a personalidade grave de Dilma e a ajudava a formar uma imagem de serenidade digna de um presidente.
Em um ano, a ex-ministra foi maternal, severa, irritável, boa, beata, vítima, algoz, seguiu o norte das pesquisas e, perseverante, enfrentou a via crucis eleitoral como poucas vezes se viu na história deste país.
Se as previsões se confirmarem nesta noite de domingo, depois de tantas metamorfoses ambulantes, talvez a própria Dilma descubra com o eleitorado quem é a mulher que hoje se torna presidente".
FHC vota em SP e compara pesquisa com previsão do tempo
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) votou por volta das 11h no colégio Nossa Senhora do Sion, em Higienópolis, região central de São Paulo. Ao chegar na zona eleitoral, FHC foi aplaudido duas vezes. Questionado sobre a possibilidade de que o candidato do seu partido, José Serra, seja vitorioso nas eleições apesar da desvantagem nas pesquisas, o ex-presidente comparou as estimativas com a previsão do tempo. "Olha aí, a previsão era de chuva e está sol", disse.
Fernando Henrique atribuiu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o clima tenso que tomou conta da corrida eleitoral, dizendo que faltou ao rival "humildade" para manter a tranquilidade no processo eleitoral. "O Brasil precisa de pontes, e pontes devem ser construídas. Por enquanto, o PT e o governo do presidente foram dinamitadores de pontes", afirmou.
Ele ainda criticou o que chamou de intransigência do governo do PT. "O governo do presidente Lula se caracterizou pela intransigência, pela intolerância: um é bom e o outro é mau e o mau no PSDB sou eu, é o julgamento deles", declarou.
Terra
Fernando Henrique atribuiu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o clima tenso que tomou conta da corrida eleitoral, dizendo que faltou ao rival "humildade" para manter a tranquilidade no processo eleitoral. "O Brasil precisa de pontes, e pontes devem ser construídas. Por enquanto, o PT e o governo do presidente foram dinamitadores de pontes", afirmou.
Ele ainda criticou o que chamou de intransigência do governo do PT. "O governo do presidente Lula se caracterizou pela intransigência, pela intolerância: um é bom e o outro é mau e o mau no PSDB sou eu, é o julgamento deles", declarou.
Terra
Extensão de Lula, Dilma sai da urna como incógnita
Por Josias de Souza
Nos dias que antecederam o primeiro turno, o comitê de Dilma Rousseff tomou uma decisão temerária: reduziu a presença de Lula na campanha. Concluiu-se que chegara a hora de mostrar que a candidata tinha luz própria. Sobreveio o segundo turno. E Lula foi devolvido ao primeiro plano.
Coadjuvante da própria candidatura, Dilma chega ao final da campanha como uma incógnita. Um enigma que hipnotiza 55% dos votos, segundo o Datafolha. Na expedição eleitoral, ela encarnou Lula. Mimetizou-o no discurso e nos gestos. Elegendo-se, terá de reassumir o próprio corpo antes de assumir a Presidência.
Cara amarrada, tecnocrata de mostruário, Dilma teve a fama de durona recoberta por densas camadas de marketing. Fabricada por Lula, a candidata foi envernizada pelo jornalista João Santana. Atrás do marqueteiro, uma equipe de cerca de 180 pessoas.
Nos comícios, uma fórmula imutável. Primeiro, falavam os candidatos ao Senado. Depois, o postulante ao governo do Estado. Dilma foi sempre a penúltima da fila. Reservaram-se os epílogos para Lula. Sob atmosfera apoteótica, o padrinho ofuscava a afilhada.
Lula fez por Dilma mais do que fizera por si mesmo nas cinco campanhas em que correra o país como candidato. Nunca antes na história do país um presidente da República jogou-se tanto numa campanha como Lula. Virou cabo eleitoral com dois anos de antecedência.
Impôs Dilma ao partido. Arrancou-a do gabinete. Levou-a ao meio-fio. Exibiu-a em comícios disfarçados de eventos oficiais. Pai do povo, converteu-a em mãe. Na noite deste sábado (30), Lula degustou o sucesso de sua criação: “Quando escolhi a Dilma, me chamavam de louco”, recordou.
Deu-se num diálogo telefônico que se seguiu à divulgação, no 'Jornal Nacional', dos últimos números do Datafolha e do Ibope. “Eu estava certo”, jactou-se Lula. Patrono de uma candidatura improvável, Lula escorou sua decisão em três pilares: o instinto aguçado, a vontade incontida e a popularidade inaudita.
A essa trinca de variáveis somou-se a mais bem estruturada campanha do PT na história das disputas eleitorais do partido. Afora as quase duas centenas de cabeças acomodadas na equipe de marketing, Dilma foi rodeada por cerca de 100 pessoas.
De secretários particulares a assessores de imprensa. De seguranças privados a uma trinca de agentes da Polícia Federal. De treinadora de mídia a fotógrafo. O cuidado, por extremado, estendeu-se dos sapatos aos fios de cabelo da candidata.
Cabeleireira pessoal de Dilma, Rose Paz cruzou o país como passageira invisível do Cessna Citation que serviu de meio de transporte à candidata. Na organização das viagens, o comitê importou o modelo da Presidência.
Escalões avançados chegavam nas cidades antes de Dilma. Preparavam a logística dos deslocamentos, recolhiam dados e identificavam previamente os desconhecidos que cruzariam o caminho da candidata.
Dilma dispôs de uma multiplicidade de anteparos. Mas nenhum escudo igualou-se a Lula. Coube a ele a tarefa de se interpor entre a pupila e as encrencas. O cabo eleitoral comandou a infantaria.
Defendeu Dilma dos ataques da oposição. Foi à TV para desarmar a armadilha aborto-religiosa. Segurou as rédeas do PMDB. No comitê de Dilma, a voz de Lula pingou dos lábios de Antonio Palocci, principal operador da candidatura oficial.
O coração da campanha bateu numa sintonia com a qual o petismo não estava habituado. As velhas disputas foram ao freezer. Palocci tocou de ouvido, como se diz, com os outros dois coordenadores do comitê: o presidente do PT, José Eduardo Dutra; e o deputado José Eduardo Cardoso (PT-SP).
No instante em que a eleição escorregou para o segundo turno, Lula interveio diretamente. Foi a um par de reuniões. Reinjetou ânimo na campanha. Queixou-se de falta de emoção na propaganda. Impôs seu retorno ao vídeo. E ajustou a alça de mira, focando em FHC.
Devagarinho, Dilma foi recuperando os votos que lhe fugiam desde setembro. Em parte pelos ajustes de sua campanha, em parte pelos desajustes do antagonista, Dilma foi ao último debate, exibido pela Globo na antevéspera da eleição, com outra cara. Rose arrumara-lhe o penteado. Lula ajeitara os índices das pesquisa.
Só o pé parecia incomodar Dilma. Depois do câncer linfático de 2009, a candidata incluiu na sua rotina as caminhadas matinais. Em Brasília, à beira do Lago Paranoá. Nos hotéis, na esteira.
Numa de suas viagens, Dilma entreteve-se com duas mulheres que tagarelavam ao seu lado no instante em que suava numa esteira do hotel Mofarrej, em São Paulo. Vencidos os 40 minutos de esforço que se antoimpusera, a candidata descuidou-se ao descer da máquina. Ganhou uma torção no pé direito e uma bota ortopédica.
Nos estúdios da Globo, calçou um reluzente par de sapatos pretos. Salto zero, como convinha a uma pessoa duplamente acidentada –na esteira e nas urnas do primeiro turno. A despeito dos cuidados, doía-lhe, ainda, o pé direito.
Confirmando-se as pesquisas, Dilma terá novas dores com que se preocupar. As divergências do PT serão descongeladas. Os apetites do PMDB aflorarão. Tonificados pelas urnas, partidos como o PSB exigirão nacos maiores de poder.
De resto, Dilma descerá das asas do luxuoso Cessna Citation da campanha para o chão escorradio do cotidiano administrativo de uma presidência sem Lula. Por ora, o estilo do virtual governo Dilma só é conhecido até certo ponto. O ponto de interrogação.
Coadjuvante da própria candidatura, Dilma chega ao final da campanha como uma incógnita. Um enigma que hipnotiza 55% dos votos, segundo o Datafolha. Na expedição eleitoral, ela encarnou Lula. Mimetizou-o no discurso e nos gestos. Elegendo-se, terá de reassumir o próprio corpo antes de assumir a Presidência.
Cara amarrada, tecnocrata de mostruário, Dilma teve a fama de durona recoberta por densas camadas de marketing. Fabricada por Lula, a candidata foi envernizada pelo jornalista João Santana. Atrás do marqueteiro, uma equipe de cerca de 180 pessoas.
Nos comícios, uma fórmula imutável. Primeiro, falavam os candidatos ao Senado. Depois, o postulante ao governo do Estado. Dilma foi sempre a penúltima da fila. Reservaram-se os epílogos para Lula. Sob atmosfera apoteótica, o padrinho ofuscava a afilhada.
Lula fez por Dilma mais do que fizera por si mesmo nas cinco campanhas em que correra o país como candidato. Nunca antes na história do país um presidente da República jogou-se tanto numa campanha como Lula. Virou cabo eleitoral com dois anos de antecedência.
Impôs Dilma ao partido. Arrancou-a do gabinete. Levou-a ao meio-fio. Exibiu-a em comícios disfarçados de eventos oficiais. Pai do povo, converteu-a em mãe. Na noite deste sábado (30), Lula degustou o sucesso de sua criação: “Quando escolhi a Dilma, me chamavam de louco”, recordou.
Deu-se num diálogo telefônico que se seguiu à divulgação, no 'Jornal Nacional', dos últimos números do Datafolha e do Ibope. “Eu estava certo”, jactou-se Lula. Patrono de uma candidatura improvável, Lula escorou sua decisão em três pilares: o instinto aguçado, a vontade incontida e a popularidade inaudita.
A essa trinca de variáveis somou-se a mais bem estruturada campanha do PT na história das disputas eleitorais do partido. Afora as quase duas centenas de cabeças acomodadas na equipe de marketing, Dilma foi rodeada por cerca de 100 pessoas.
De secretários particulares a assessores de imprensa. De seguranças privados a uma trinca de agentes da Polícia Federal. De treinadora de mídia a fotógrafo. O cuidado, por extremado, estendeu-se dos sapatos aos fios de cabelo da candidata.
Cabeleireira pessoal de Dilma, Rose Paz cruzou o país como passageira invisível do Cessna Citation que serviu de meio de transporte à candidata. Na organização das viagens, o comitê importou o modelo da Presidência.
Escalões avançados chegavam nas cidades antes de Dilma. Preparavam a logística dos deslocamentos, recolhiam dados e identificavam previamente os desconhecidos que cruzariam o caminho da candidata.
Dilma dispôs de uma multiplicidade de anteparos. Mas nenhum escudo igualou-se a Lula. Coube a ele a tarefa de se interpor entre a pupila e as encrencas. O cabo eleitoral comandou a infantaria.
Defendeu Dilma dos ataques da oposição. Foi à TV para desarmar a armadilha aborto-religiosa. Segurou as rédeas do PMDB. No comitê de Dilma, a voz de Lula pingou dos lábios de Antonio Palocci, principal operador da candidatura oficial.
O coração da campanha bateu numa sintonia com a qual o petismo não estava habituado. As velhas disputas foram ao freezer. Palocci tocou de ouvido, como se diz, com os outros dois coordenadores do comitê: o presidente do PT, José Eduardo Dutra; e o deputado José Eduardo Cardoso (PT-SP).
No instante em que a eleição escorregou para o segundo turno, Lula interveio diretamente. Foi a um par de reuniões. Reinjetou ânimo na campanha. Queixou-se de falta de emoção na propaganda. Impôs seu retorno ao vídeo. E ajustou a alça de mira, focando em FHC.
Devagarinho, Dilma foi recuperando os votos que lhe fugiam desde setembro. Em parte pelos ajustes de sua campanha, em parte pelos desajustes do antagonista, Dilma foi ao último debate, exibido pela Globo na antevéspera da eleição, com outra cara. Rose arrumara-lhe o penteado. Lula ajeitara os índices das pesquisa.
Só o pé parecia incomodar Dilma. Depois do câncer linfático de 2009, a candidata incluiu na sua rotina as caminhadas matinais. Em Brasília, à beira do Lago Paranoá. Nos hotéis, na esteira.
Numa de suas viagens, Dilma entreteve-se com duas mulheres que tagarelavam ao seu lado no instante em que suava numa esteira do hotel Mofarrej, em São Paulo. Vencidos os 40 minutos de esforço que se antoimpusera, a candidata descuidou-se ao descer da máquina. Ganhou uma torção no pé direito e uma bota ortopédica.
Nos estúdios da Globo, calçou um reluzente par de sapatos pretos. Salto zero, como convinha a uma pessoa duplamente acidentada –na esteira e nas urnas do primeiro turno. A despeito dos cuidados, doía-lhe, ainda, o pé direito.
Confirmando-se as pesquisas, Dilma terá novas dores com que se preocupar. As divergências do PT serão descongeladas. Os apetites do PMDB aflorarão. Tonificados pelas urnas, partidos como o PSB exigirão nacos maiores de poder.
De resto, Dilma descerá das asas do luxuoso Cessna Citation da campanha para o chão escorradio do cotidiano administrativo de uma presidência sem Lula. Por ora, o estilo do virtual governo Dilma só é conhecido até certo ponto. O ponto de interrogação.
Lula critica tentativa de barrar posse de Tiririca
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Estadão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez hoje, após votar em São Bernardo do Campo (SP), uma dura crítica à tentativa de se barrar a posse do deputado eleito Francisco Everaldo Oliveira Silva (PR-SP), conhecido como Tiririca, que venceu a eleição com 1,3 milhão de votos. Ele também criticou a "falta de clareza" sobre a validade da Lei da Ficha Limpa, se para a atual eleição ou para a próxima.
"O que estão fazendo com o Tiririca é um desrespeito com um milhão de pessoas que votaram nele", afirmou Lula. Indagado se senadores e deputados que aprovaram a Ficha Limpa não tinham uma parcela de culpa, Lula concordou e brincou com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que estava presente no local, simulando uma agressão ao parlamentar.
Lula criticou também a tentativa de politizar a religião e de explorar a fala do papa Bento XVI contra o aborto na campanha. "A Igreja Católica sempre foi contrária ao aborto e todos os papas já disseram isso", afirmou. Lula tem viagem programada para Brasília, onde deve acompanhar a apuração do Palácio da Alvorada.
"O que estão fazendo com o Tiririca é um desrespeito com um milhão de pessoas que votaram nele", afirmou Lula. Indagado se senadores e deputados que aprovaram a Ficha Limpa não tinham uma parcela de culpa, Lula concordou e brincou com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que estava presente no local, simulando uma agressão ao parlamentar.
Lula criticou também a tentativa de politizar a religião e de explorar a fala do papa Bento XVI contra o aborto na campanha. "A Igreja Católica sempre foi contrária ao aborto e todos os papas já disseram isso", afirmou. Lula tem viagem programada para Brasília, onde deve acompanhar a apuração do Palácio da Alvorada.
Estadão
Zé Dirceu descarta participação no possível governo Dilma Rousseff
O ex-ministro chefe José Dirceu votou logo no início da manhã deste domingo, 31, na Universidade Ibirapuera em Moema. Dirceu disse acreditar na vitória da petista Dilma Roussef, mas declarou descartar participação em um possível governo da candidata. "Não posso, não quero e não devo. Sou dirigente partidário", declarou.
Dirceu disse que em 2011 continuará exercendo suas funções dentro do PT. Na avaliação do ex-ministro, a campanha encerrada nesse domingo foi a mais suja que o Brasil já viu, principalmente na internet e no YouTube.
Estadão
Dirceu disse que em 2011 continuará exercendo suas funções dentro do PT. Na avaliação do ex-ministro, a campanha encerrada nesse domingo foi a mais suja que o Brasil já viu, principalmente na internet e no YouTube.
Estadão
Na China, brasileiros elegem Serra com 81,4% dos votos
Sem nenhum incidente, 278 brasileiros compareceram às três urnas instaladas na China para votar no segundo turno presidencial.
O tucano José Serra venceu com folga: 215 votos, contra apenas 49 para a petista Dilma Rousseff. Fecham a conta 14 votos brancos e anulados. Em porcentagem de votos válidos, a vitória tucana foi de 81,4%, contra 18,6% para a candidata governista.
"Só não votei na bruxa", brincou a cozinheira paulista Elisabeth dos Santos, 61, a última a votar em Pequim, em alusão à festa de Halloween.
Por causa do fuso horário, a votação na China terminou antes de a votação começar no Brasil: 17h em Pequim, 7h em Brasília.
A votação teve uma abstenção alta. Apenas 55,1% dos 504 eleitores inscritos na China saíram de casa para votar.
O maior "colégio eleitoral" fica em Xangai, com 330 eleitores inscritos, seguido por Pequim (131) e Dongguan (37).
Folha
O tucano José Serra venceu com folga: 215 votos, contra apenas 49 para a petista Dilma Rousseff. Fecham a conta 14 votos brancos e anulados. Em porcentagem de votos válidos, a vitória tucana foi de 81,4%, contra 18,6% para a candidata governista.
"Só não votei na bruxa", brincou a cozinheira paulista Elisabeth dos Santos, 61, a última a votar em Pequim, em alusão à festa de Halloween.
Por causa do fuso horário, a votação na China terminou antes de a votação começar no Brasil: 17h em Pequim, 7h em Brasília.
A votação teve uma abstenção alta. Apenas 55,1% dos 504 eleitores inscritos na China saíram de casa para votar.
O maior "colégio eleitoral" fica em Xangai, com 330 eleitores inscritos, seguido por Pequim (131) e Dongguan (37).
Folha
Lula vota em São Bernardo e ganha pantufa corintiana
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a sua sessão eleitoral para votar às 9h35, no colégio João Firmino, em São Bernardo. Ao chegar ele recebeu uma pantufa com o distintivo do Corinthians e um pijama do repórter do programa televisivo CQC, Rafinha Bastos, simbolizando suas férias no próximo ano.
O presidente estava acompanhado da primeira dama, Marisa Letícia, a quem entregou os presente recebidos, do senador e candidato derrotado ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante (PT), e do prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT).
Lula aparentou pressa na votação, permanecendo cerca de um minuto em sua sessão eleitoral. À tarde, ele se encontra com sua candidata à presidência da República, Dilma Rousseff (PT), em Brasília, onde aguardará a apuração dos votos.
Terra
O presidente estava acompanhado da primeira dama, Marisa Letícia, a quem entregou os presente recebidos, do senador e candidato derrotado ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante (PT), e do prefeito de São Bernardo Luiz Marinho (PT).
Lula aparentou pressa na votação, permanecendo cerca de um minuto em sua sessão eleitoral. À tarde, ele se encontra com sua candidata à presidência da República, Dilma Rousseff (PT), em Brasília, onde aguardará a apuração dos votos.
Terra
Serra usa madrugada para buscar votos no Twitter
O candidato José Serra (PSDB) deve votar por volta das 11h deste domingo (31) em São Paulo. Em um último esforço para conquistar voto, o tucano empregou parte da madrugada conversando com eleitores no Twitter.
Serra esteve postando mensagens na rede de microblog até as 6h desta manhã. "Voto às 11 horas. Se alguém está na praia, faça um sacrifício, venha votar, perca algumas horas do seu feriadão e ganhe um feliz ano novo!", escreveu no Twitter.
O presidenciável tem mais de 550 mil seguidores na rede social. Ele brincou com seguidores, dando bom dia para a "Liga dos Indormíveis", uma referência ao seu hábito de trabalhar durante a madrugada. Ele também ressaltou a importância do momento eleitoral para o futuro do país. "Hoje o Brasil decidirá os rumos que tomará na próxima década e além. Poucas eleições da nossa história foram tão decisivas como esta", escreveu.
G1
Serra esteve postando mensagens na rede de microblog até as 6h desta manhã. "Voto às 11 horas. Se alguém está na praia, faça um sacrifício, venha votar, perca algumas horas do seu feriadão e ganhe um feliz ano novo!", escreveu no Twitter.
O presidenciável tem mais de 550 mil seguidores na rede social. Ele brincou com seguidores, dando bom dia para a "Liga dos Indormíveis", uma referência ao seu hábito de trabalhar durante a madrugada. Ele também ressaltou a importância do momento eleitoral para o futuro do país. "Hoje o Brasil decidirá os rumos que tomará na próxima década e além. Poucas eleições da nossa história foram tão decisivas como esta", escreveu.
G1
Dilma Rousseff vota em Porto Alegre
A candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, votou às 9h11 no colégio Santos Dumont, em Porto Alegre. Acompanhada pelo governador eleito Tarso Genro, Dilma votou rapidamente, fez sinal da vitória com os dedos e ganhou um beijo do mesário, que mostrava a carteira de identidade que a candidata usou para votar. Em seguida, foi a vez de Tarso Genro votar.
Na saída do colégio, Dilma foi cercada por eleitores, militantes e jornalistas.
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