A Prefeitura deste município terá de apresentar Relatório de Impacto Ambiental (Rima) referente à implantação do aterro sanitário e do projeto de saneamento básico com lagoas de estabilização. Essa foi a decisão da procuradora de Justiça do Ceará, Sheila Pitombeira, em recente audiência pública realizada no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), nesta cidade, com o objetivo avaliar o impacto ambiental causado pelas duas obras na cidade.Não há data definida para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) que vai servir de base para a conclusão do Rima, mas técnicos do município disseram que há interesse em elaborar os documentos técnicos com urgência, pois há recursos liberados para as duas obras ambientais.
Há dois anos que a Prefeitura tenta implantar o aterro sanitário para pôr fim ao lixão localizado nas margens da rodovia CE-282, no bairro Chapadinha. Já obteve da Semace licença de instalação. Quanto ao projeto de esgotamento sanitário, o município já conseguiu licença prévia e agora tenta obter a de instalação.Essas duas obras, que estão paralisadas, são consideradas importantes para o crescimento da cidade, melhoria da qualidade de vida dos moradores, mas vem causando polêmica e resistência por parte das famílias que moram próximas às áreas onde os projetos serão implantados ou são proprietárias de terra em seu entorno.No decorrer da audiência houve vários pronunciamentos.
O representante da Semace, Édson Nogueira, apresentou um diagnóstico favorável à implantação das duas obras desde que funcionem segundo os projetos. “O aterro tem licença de instalação e o terreno mesmo arenoso permite obras de drenagem. Está de acordo com as normas técnicas”, garantiu.Para o chefe do escritório regional do Ibama, em Iguatu, Fábio Bandeira, o instituto tem laudos desfavoráveis para a obra da implantação de lagoas de estabilização no Sítio Gameleira, por tratar-se de área de fácil alagamento.O advogado e ex-deputado federal, João Alfredo, defendeu o uso de critérios técnicos para análise da questão. “Ninguém é contra esses projetos, mas questionamos as suas localizações e precisamos detalhar alternativas para escolher a melhor”, disse.
O membro do Comitê da Sub-Bacia do Alto Jaguaribe, Joaquim Feitosa, posicionou-se favorável aos projetos e apresentou projeções fotográficas de áreas afetadas devido à falta de saneamento básico da cidade.O promotor de Justiça, Éberth Siqueira, defendeu a discussão do problema sobre o aspecto técnico, e não político partidário. A representante do Sindicato dos Servidores Públicos Federais e do PSOL, Francilene Cândido, mostrou preocupação com a localização dos dois projetos, temendo que agridam o meio ambiente e as famílias que residem próximas.
HONÓRIO BARBOSA
Mais informações:Prefeitura de Iguatu / Secretaria de Infra-Estrutura, (88) 3566. 7910
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