terça-feira, 4 de novembro de 2008

Esgotamento e aterro sanitário: Estudo pode evitar danos ambientais

Durante audiência pública realizada no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), nesta cidade, que teve por objetivo avaliar o impacto ambiental causado pela implantação do aterro sanitário e do projeto de saneamento básico com lagoas de estabilização, a procuradora de Justiça, Sheila Pitombeira, mostrou a importância da elaboração do estudo de impacto ambiental para evitar possíveis danos e degradações ao meio ambiente.
“O primeiro passo é fazer o relatório de impacto ambiental, que já deveria ter sido feito”, disse ela. “Determinamos que a Semace faça esse encaminhamento”. A partir dos dados técnicos do relatório sobre os impactos ambientais, a Procuradoria de Justiça vai definir um posicionamento sobre a localização das duas obras.O coordenador de Urbanismo da Prefeitura de Iguatu, arquiteto Paulo César Barreto, disse que o aterro sanitário é necessário e urgente para eliminar o lixão existente na cidade. “A área é apropriada e o projeto prevê obras de drenagem”, disse.
“A água que acumulou no inverno passado é porque o terreno foi nivelado e está com as células abertas para colocação do lixo orgânico”.Barreto considera o aterro e o esgotamento sanitário como fundamentais e de grande importância para a cidade de Iguatu que tem 60 mil habitantes e não dispõe de saneamento básico. “Atualmente três grandes áreas são afetadas pela poluição dos esgotos de fossas que são despejados diretamente no Rio Jaguaribe e nas lagoas da Bastiana e do Cocobó.
Esses projetos protegerão esses mananciais e oferecerão melhor qualidade de vida”.Sobre a localização da lagoa de estabilização, Barreto defendeu a área atual, no Sítio Gameleira. “É onde está o curso natural das águas”, disse. “Atualmente já recebe os esgotos da cidade”. Ele disse que o projeto prevê que a água sairá purificada da unidade de estabilização. “Vamos realizar e apresentar o Estudo de Impacto Ambiental solicitado pela Procuradoria de Justiça”.
No início da década de 1960, Iguatu teve um projeto pioneiro de implantação do sistema de saneamento básico, numa iniciativa do então deputado federal Adahil Barreto, que foi cassado após o golpe militar de 1964 e a obra ficou até hoje inacabada, atendendo apenas 3% da atual área urbana com uma pequena estação de tratamento de esgoto.

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