quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Termina greve de professores da Uece

Depois de 90 dias em greve, os professores da Universidade Estadual do Ceará, decidiram ontem, em assembléia geral, encerrar a paralisação e continuar em estado de greve, ou seja, mobilizados. A partir de hoje, eles já podem voltar às salas de aula, mas um calendário de reposição ainda será negociado entre os docentes e a Reitoria da Uece. A decisão de encerramento da greve foi tomada após acerto verbal com o reitor Jader Onofre de Moraes, que também compareceu à assembléia dos professores. Ele se comprometeu em retirar a ação na Justiça que considerava o movimento grevista ilegal e também garantiu que não haverá nenhuma retaliação aos docentes e estudantes. “Não há nenhum motivo para retaliação”, afirmou. Há 20 dias, a greve foi considerada ilegal pelo juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública, Paulo de Tarso Pires Nogueira. A alegação da Procuradoria Geral da Uece contra o movimento era de que o sindicato da categoria não detinha 10% do total de professores associados. No entanto, os grevistas não desanimaram e mantiveram a paralisação e o número de associados já passa de 200 professores. Segundo o advogado das três universidades - Uece, Urca (Regional do Cariri) e UVA (Vale do Acaraú) -, Inocêncio Uchôa, com o fim da greve, o objeto da ação movida pela administração superior deixa de existir e o movimento pode, assim, decretar novamente uma greve sem prejuízos legais. A assembléia dos professores da Uece foi iniciada com mais de uma hora de atraso, depois de encerrada a assembléia unificada das três instituições. Além de estudantes e servidores, participaram da assembléia unificada parlamentares da bancada governista. O líder do governo na Assembléia Legislativa, Nelson Martins, serviu de porta-voz do Governador, retomando acertos da audiência da terça-feira. “É um compromisso do governo discutir democraticamente essas questões”, frisou o parlamentar. A maior vitória do movimento unificado dos professores foi a abertura da mesa de negociações. Ao longo de todo o ano de 2007, as propostas da categoria não foram discutidas pelo governo estadual. Fonte: Diário do Nordeste

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