Na edição do Diário do Nordeste desta segunda-feira, 21 de abril, no caderno regional , está em destaque a questão do saneamento para o nosso município, projeto este que foi apresentado pelo Prefeito Agenor Neto em audiência pública no SESC/Iguatu, leiam a matéria completa logo abaixo:
Esta cidade é pólo da região Centro-Sul, com 92 mil habitantes, segundo dados do IBGE. A falta de saneamento básico é um dos principais problemas urbanos. A lama escorre junto ao meio fio, no centro comercial, e nos bairros periféricos os esgotos invadem as ruas. Esse é o retrato da falta de investimento em obras de esgotamento sanitário ao longo das décadas.
Para mudar essa realidade, a Prefeitura elaborou projeto de esgotamento sanitário para atender a todos os bairros, no valor total de R$ 50 milhões, com recursos previstos no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Numa primeira etapa, serão liberados R$ 7 milhões. Inicialmente, as obras vão atender a cerca de cinco mil famílias, moradores dos bairros Flores, Paraná, Tabuleiro e Brasília.
A obra será implantada por etapas e, para viabilizar, o licenciamento ambiental na Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) foi realizado, recentemente, no ginásio do Sesc, a primeira audiência pública que discutiu o projeto técnico. Moradores, representantes de entidades de classe, associações de moradores, secretários e assessores participaram da reunião.
A apresentação do projeto foi feita pelo prefeito Agenor Neto. “A falta de saneamento básico é um problema antigo que afeta todos os moradores. O nosso esforço é para enfrentar essa questão”. Ele disse que do total a ser liberado inicialmente, R$ 7 milhões, por meio da Caixa Econômica Federal, o município terá uma contrapartida no valor de R$ 420 mil.
Investimento
O prefeito destacou a importância d o projeto. “O planejamento urbano prevê obras e investimentos até 2025. A sociedade deverá cobrar dos futuros gestores a realização desses projetos”.
Segundo o responsável pela elaboração do projeto, Flávio Rocha, esta cidade, por não ter esgotamento sanitário, provoca grave agressão ao meio ambiente, pois os esgotos brutos são lançados nas ruas e chegam às lagoas, Rio Jaguaribe e daí ao Açude Orós. “Isso causa além dos danos diretos ao ambiente, reservatórios naturais, sérios focos de proliferação de doenças de veiculação hídrica. Entendo que esgotamento sanitário é sinônimo de saúde e bem estar à população”.
Para o representante da Semace, Adail Garcez, a audiência pública é importante porque envolve toda a sociedade que opina, critica e apresenta sugestões ao projeto.
O secretário de Saúde do município, Joab Soares, observou que, segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 70% das internações hospitalares da rede pública estão relacionados com doenças de veiculação hídrica e diretamente ligadas à ausência de tratamento de esgotos domésticos.
O projeto de saneamento básico prevê a implantação de rede coletora, estações elevatórias e um emissário final, isto é, uma ampla lagoa de estabilização com cerca de 50 hectares na localidade Gameleira, zona rural do município.
Preocupação
O representante dos moradores da comunidade, Olavo Galdino, solicitou da Prefeitura e da Semace informações técnicas sobre a obra e observou, ainda, que no período invernoso a área projetada para implantação da lagoa de estabilização é formada por terrenos de baixio e recebe elevada quantidade de água da chuva e transborda. A representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Maria de Jesus, mostrou preocupação com o impacto ambiental do projeto.
Um grupo de proprietários que tiveram os terrenos desapropriados pelo município para fins de implantação da lagoa de estabilização ingressou com ação judicial na comarca local pedindo a anulação do decreto de desapropriação e a revisão do valor pago na indenização, cerca de R$ 2 mil o hectare.
Fonte: Diário do Nordeste
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