Vereadores , representantes da ALECE e da sociedade organizada querem uma maior fiscalização
Um dos maiores eventos já realizados em Iguatu sobre o uso de agrotóxicos, aconteceu nesta quinta-feira, 29/10, uma audiência pública na Câmara Municipal de Iguatu. Durante quatro horas, autoridades públicas, pesquisadores da região e populares estiveram reunidos e debateram sobre o uso de agrotóxicos e os males, benefícios e equívocos gerados pelos mesmos nas pequenas e nas grandes produções agrícolas.
O debate atende ao requerimento do vereador Aderilo Filho, segundo o parlamentar, no Brasil, um dos cinco maiores consumidores de agrotóxicos do mundo, encontram-se licenciados oito mil formulações de pesticidas. O vereador explica que o agrotóxico ajuda aumentar a produção, tornando o solo fértil e propiciando que frutas e legumes fiquem livres de pestes, desde que usado em pequenas quantidades com uso adequado que deve ser orientado por técnicos especialistas no assunto. "Um Programa Regional de Agrotóxicos necessita ser realizado e um trabalho de conscientização juntos aos agricultores de Iguatu e região que apresente os problemas e soluções neste setor, além disso, é preciso realizar um combate ao comércio clandestino de agrotóxicos que não possui uma fiscalização ativa em Iguatu e região", enfatiza.
O vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semi Árido da Assembléia Legislativa do Ceará, o deputado Augustinho Moreira (PV), destacou que o uso indiscriminado de agrotóxicos vem causando danos à saúde pública e problemas ambientais, tendo como conseqüência a contaminação do solo, das águas superficiais e subterrâneas, além da biodiversidade. “Precisamos conscientizar os nossos agricultores sobre a utilização equivocada dos agrotóxicos que prejudica a sua saúde e polui o meio ambiente daí a necessidade de uma discussão mais abrangente sobre o assunto” disse.
Comércio
Conforme o Manual do Trabalho Rural, “os agrotóxicos só poderão ser comercializados diretamente ao usuário mediante apresentação de receituário próprio emitido por profissional legalmente habilitado (engenheiro agrônomo ou florestal)”. Não foi essa obediência constatada na reunião onde declarações relataram a venda indiscriminada de agrotóxicos.
Estiveram presentes na sessão o presidente da Câmara Municipal de Iguatu, Ednaldo Lavor, vereadores, representantes dos agricultores, pecuaristas e fruticultores, além políticos da região e representantes de instituições como o IBAMA, EMATERCE, ADAGRI e COGHER.
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