A prisão do policial e o afastamento de um delegado aconteceram no mesmo dia em que a Justiça Federal concedeu habeas corpus e libertou dez das 15 pessoas que haviam sido presas na Operação Gárgula.
Por ordem da Justiça Federal, um agente da Polícia Federal foi preso e um delegado afastado das funções, sob a suspeita de terem vazado informações antes da deflagração da Operação Gárgula. A ação da PF, ocorrida na última terça-feira, investigou o desvio de verbas federais pelas prefeituras dos Municípios de Guaramiranga, Aquiraz e Eusébio. A Polícia Federal não falou sobre a prisão.
O agente federal, identificado como Márcio Teles, recebeu voz de prisão ainda na manhã de sexta (11), quando chegava para o expediente. A prisão do policial e o afastamento do delegado Paulo Sidney aconteceram no mesmo dia em que a Justiça Federal concedeu habeas corpus e libertou dez das 15 pessoas que haviam sido presas, terça-feira-passada, durante a Operação Gárgula. Além das 15 prisões, 52 mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela PF em conjunto com representantes da Controladoria Geral da União (CGU) e de fiscais da Receita Federal.
Ontem à tarde, os dez acusados deixaram a sede da PF em companhia de advogados. Contra eles havia sido decretada prisão temporária pelo prazo de cinco dias, que poderiam ser renovados por mais cinco ou transformada a custódia em preventiva.
Entre os presos estão funcionários das três prefeituras ligados aos setores de finanças e obras. O desvio das verbas públicas acontecia há, pelo menos, quatro anos. Desde 2005, a Controladoria Geral da União vinha acompanhando a aplicação dos recursos federais na construção de obras de saneamento básico nas três cidades. As outras cinco pessoas que permanecem presas, segundo fontes da PF, estariam dificultando a coleta de provas sobre as fraudes.
Fonte: Diário do Nordeste
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