PR e PPS têm marcado colado no senador tucano Tasso Jereissati, na tentativa de conquistar o apoio do PSDB contra o governador Cid Gomes nas eleições de 2010
Hébely Rebouças / Jornal O Povo
Uma viagem atrás da outra ao Interior do Ceará, propaganda intensiva da gestão e quase nada de oposição na Assembleia Legislativa são ingredientes que fazem do governador Cid Gomes (PSB) o candidato favorito às eleições estaduais de 2010. Apesar da vantagem, confirmada pela mais recente pesquisa do Datafolha, adversários apostam que se o PSDB decidir romper com Cid, seu conforto cai por terra. Para siglas como PPS e PR, os tucanos serão o fiel da balança na disputa do ano que vem.
A sondagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo na última terça-feira aponta o atual governador com na dianteira com percentuais que variam de 44% a 53% da preferência do eleitorado, em quatro diferentes cenários - mais de 20 pontos à frente do segundo colocado em cada panorama. O placar elástico, entretanto, foi minimizado por um dos principais articuladores da oposição e presidente estadual do PPS, Alexandre Pereira. ``O maior adversário (em potencial), que é o PSDB, ainda não se decidiu. Quando o senador Tasso Jereissati (principal nome da sigla) abraçar nossa candidatura, quando o bloco de oposição se consolidar, isso muda``, arriscou.
O prefeito de Maracanaú e único pré-candidato declarado à sucessão de Cid, Roberto Pessoa (PR), tem marcado presença ao lado de Tasso, em busca da benção tucana. Com 13% e 14% das intenções de voto, segundo o Datafolha, Pessoa disse ser ``um candidato viável``, mas ainda ``pouco competitivo``, devido ao ``pouco tempo de exposição na mídia`` e às indefinições que rondam sua futura aliança. A resposta do PSDB, conforme ele tem dito, é esperada para janeiro.
Mesmo diante da ansiedade do grupo, o presidente estadual do PSDB, Marco Penaforte, continua reticente. ``Até a hora de tomarmos a decisão, vamos estar abertos a todas as forças, com exceção do PT, com quem não nos coligaremos em hipótese alguma.``
Contraditório e evitando dar pistas sobre a tendência do partido para 2010, ele elogiou o desempenho do governador na pesquisa. Logo depois, garantiu que, no Ceará, o PSDB fará palanque para o candidato tucano à Presidência da República - o que pode significar rompimento com o governador.
Tranquilidade
Do outro lado do balcão, a tese de um dos apoiadores incondicionais de Cid, o deputado federal Eunício Oliveira (PMDB), é que, se o grupo de Tasso quiser juntar-se à aliança governista, será bem-vindo. Do contrário, nada mudará para a base aliada. "Em 2006, ganhamos as eleições sem o PSDB", relembrou.
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