Empresários devem priorizar as doações diretas aos partidos, e não aos candidatos, nas eleições deste ano.
Chamada de "doação oculta", ela impede a identificação do candidato que utilizou os recursos. Além disso, protege a empresa, ao não vinculá-la publicamente a nenhum político, informa a reportagem de Valdo Cruz (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carlos Ayres Britto, vê a tendência com preocupação. Segundo ele, com essa doação fica mais difícil identificar o "caminho de volta" do dinheiro.
Outra preocupação de Britto é o uso de caixa dois. "Quem financia por debaixo dos panos vai cobrar o retorno por baixo dos panos, e alianças espúrias são feitas a partir do caixa dois."
Já o advogado e ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Torquato Jardim apoia essas doações. "Toda a mídia crucifica o doador", afirma. A saída, diz ele, é a doação direta ao partido e não aos candidatos: "É a doação mais tranquila. Protege a empresa, o doador não aparece vinculado a um candidato".
Em setembro, o presidente Lula sancionou o texto da reforma eleitoral no qual foi oficializada a doação oculta, permitindo que pessoas físicas e jurídicas, como igreja, agremiações esportivas e ONGs façam repasses de forma ilimitada a partidos políticos para que as siglas encaminhem os recursos para os candidatos.
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