PESQUISA DO Datafolha mostrou que o palhaço Tiririca pode ser o deputado mais votado de São Paulo, chegando à marca de 1 milhão de votos.
Até aí, tudo bem, cada um vota em quem quiser. Mas o sistema político brasileiro tem um cambalacho. Quem vota no Tiririca está votando no PR (Partido da República), e o partido usa esses votos "a mais" para eleger outros deputados, que o eleitor nem sabe quem são.
Com 1 milhão de votos, o PR conseguirá levar a Brasília cerca de seis deputados. A maioria desconhecidos com votações pequenas, que serão eleitos no "bonde" do Tiririca.
Por isso, votar nele não serve como "protesto".
Isso leva a uma reflexão sobre o uso da tecnologia para trazer mais transparência para a política.
Esforços nesse sentido focam sempre nos candidatos, e não nos partidos. Um exemplo é o ótimo www. excelencias.org.br. Dá para saber o perfil de cada deputado, patrimônio e até se ele anda faltando.
Mas, infelizmente, não é o bastante. É preciso outro passo: monitorar não apenas indivíduos, mas instituições. Juntar e publicar os dados sobre como os partidos se comportam: quantos membros foram condenados por corrupção, quanto arrecadou, cargos que controla, projetos aprovados e, lembrando-se do Tiririca, o número de deputados eleitos por "puxadores de voto" e por conta própria.
São dados que não são encontrados facilmente nem na rede nem na imprensa.
É muito mais fácil acompanhar um punhado de partidos do que centenas de deputados. E não há dúvidas: a responsabilidade pela escolha do Tiririca é do seu partido, o PR. Com a tecnologia usada para monitorar partidos, fica mais fácil saber quem de fato está sendo feito de palhaço.
Até aí, tudo bem, cada um vota em quem quiser. Mas o sistema político brasileiro tem um cambalacho. Quem vota no Tiririca está votando no PR (Partido da República), e o partido usa esses votos "a mais" para eleger outros deputados, que o eleitor nem sabe quem são.
Com 1 milhão de votos, o PR conseguirá levar a Brasília cerca de seis deputados. A maioria desconhecidos com votações pequenas, que serão eleitos no "bonde" do Tiririca.
Por isso, votar nele não serve como "protesto".
Isso leva a uma reflexão sobre o uso da tecnologia para trazer mais transparência para a política.
Esforços nesse sentido focam sempre nos candidatos, e não nos partidos. Um exemplo é o ótimo www. excelencias.org.br. Dá para saber o perfil de cada deputado, patrimônio e até se ele anda faltando.
Mas, infelizmente, não é o bastante. É preciso outro passo: monitorar não apenas indivíduos, mas instituições. Juntar e publicar os dados sobre como os partidos se comportam: quantos membros foram condenados por corrupção, quanto arrecadou, cargos que controla, projetos aprovados e, lembrando-se do Tiririca, o número de deputados eleitos por "puxadores de voto" e por conta própria.
São dados que não são encontrados facilmente nem na rede nem na imprensa.
É muito mais fácil acompanhar um punhado de partidos do que centenas de deputados. E não há dúvidas: a responsabilidade pela escolha do Tiririca é do seu partido, o PR. Com a tecnologia usada para monitorar partidos, fica mais fácil saber quem de fato está sendo feito de palhaço.
RONALDO LEMOS
Nenhum comentário:
Postar um comentário