sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Tasso faz mea culpa por falta de oposição a Cid

Conclusão de etapas é mesmo momento oportuno para refletir sobre o que passou. Na noite de ontem, em um de seus últimos atos de campanha deste pleito, o senador e candidato à reeleição Tasso Jereissati (PSDB) fez mea culpa por ter se aliado ao governador Cid Gomes (PSB) durante os quatro anos de gestão estadual, ao invés de ter puxado oposição ao Governo na Assembleia Legislativa, onde o PSDB possui 14 parlamentares.

“Eu estou convencido de que foi um mal para o Ceará o Cid passar esses quatro anos sem oposição. Foi um mal imenso e grave e eu faço até um mea culpa aqui”, disse ontem ao O POVO antes de iniciar uma carreata pelo bairro Álvaro Weyne e adjacências, ao lado do candidato do PSDB ao Governo, Marcos Cals. Diante da possibilidade de reeleição de Cid, Tasso disse estar “absolutamente disposto, em qualquer circunstância, a fazer oposição” à próxima gestão dele. Tasso ainda descartou qualquer possibilidade de retomada de relação com o governador caso este seja reeleito.

Contexto

Em 2006, Tasso recusou apoio ao então candidato à reeleição ao governo pelo seu próprio partido, Lúcio Alcântara (hoje do PR), e apoiou informalmente Cid. Eleito, o governador recebeu apoio do tucano e nomeou o deputado Marcos Cals como secretário da Justiça de seu governo. Os 14 deputados estaduais do PSDB passaram à base governista, transformando a Assembleia Legislativa numa voz quase uníssona de apoio às medidas do governo. Mas, por conta da aliança com o PT, Cid teve de omitir apoio à reeleição de Tasso, que chegou a declarar estar decepcionado com os irmãos Ferreira Gomes, com os quais mantinha relação política desde a década de 1980. Cid, que já apoiava a candidatura de Eunício Oliveira (PMDB) ao Senado, passou a defender também o nome de José Pimentel (PT) para a segunda vaga da Casa. 

O Povo

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