segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Projeto prevê construção de 100 novas casas em Quixelô

Um programa de construção de casas populares em substituição às antigas moradias de taipa começa a beneficiar famílias da zona rural deste município, localizado na região Centro-Sul. O projeto é da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em parceria com a Prefeitura e prevê a construção de 100 unidades. O objetivo é prevenir o mal de chagas, eliminando focos do inseto conhecido por barbeiro, que é o causador da doença.

As primeiras unidades estão em construção na localidade de Chapada. As obras começaram em agosto passado e 12 casas já foram concluídas e mais 15 estão em andamento. Os operários trabalham em ritmo intenso para que as obras sejam concluídas antes de iniciar o período de chuvas. "Até fevereiro do próximo ano, vamos construir mais 18 casas", disse o encarregado das obras, Raimundo Nonato de Oliveira. "Esse é um projeto importante para toda a comunidade".

De acordo com a Secretaria de Infraestrutura do município, serão investidos R$ 753 mil na construção das moradias populares. A Prefeitura tem uma contrapartida de R$ 50 mil. O prefeito Gilson Oliveira disse que o programa faz parte de um esforço da administração para melhoria de qualidade de vida da população e visa reduzir a incidência do mal de chagas na zona rural do município.

As casas de taipa, além de abrigarem o inseto popularmente conhecido por barbeiro ou chupão nas frestas entre o barro e a madeira de sustentação, são quentes, baixas e, geralmente, têm piso de terra. "A nossa meta é acabar com esse tipo de moradia nos próximos três anos", anunciou Gilson Oliveira.

Outras unidades já foram construídas em administrações passadas e o atual prefeito dá continuidade e tenta ampliar o número de habitações construídas, com a finalidade de atender a um número maior de moradores da região.

As novas casas de alvenaria com piso em cimento, dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço são construídas ao lado das antigas habitações de taipa, que são destruídas com o objetivo de evitar que outras famílias passem a morar nas velhas unidades.

Na localidade de Chapada, as 12 famílias beneficiadas com o programa mostram-se satisfeitas. "Não tem comparação", disse a dona de casa, Aurilene Dimas da Silva. "É uma outra realidade morar em uma casa de alvenaria". A aposentada Diolina Gomes foi enfática: "Só Deus sabe da minha felicidade e da alegria que foi passar a morar numa casa bem melhor, com mais conforto". É desta forma que os moradores se sentem: felizes ao mudarem para uma casa com estrutura melhor.

O agricultor Francisco Souza lembra do calor, da poeira e do desconforto da antiga casa de taipa. "Era muito quente, o piso era de chão batido", disse. "Durante o dia a gente não suportava o calor e quando chovia havia muitas goteiras". As famílias estão satisfeitas e acompanham o andamento da construção das outras casas. "Aqui todos fiscalizam a obra, esperando a sua vez para entrar na casa nova", disse a dona de casa, Josefa Ribeiro.
Além da Chapada, outras comunidades de Quixelô serão beneficiadas: Bandeira, Salsa, Mulungu, Boa Vista, Córrego, Recanto e Anjicos. As famílias dessas localidades vivem a expectativa de serem atendidas com uma casa popular em substituição às habitações de taipa. É uma forma que os moradores têm para a qualidade de vida.

O prefeito de Quixelô, Gilson Oliveira, anunciou também a construção da adutora de água do Rio Trussu até o sistema atual de captação em poços e tratamento do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), numa distância de até cinco quilômetros.

Diário do Nordeste/Honório Barbosa

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