O Brasil entregou à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) relatório para poder receber o certificado de país livre do sarampo, embora três Estados tenham registrado a doença neste ano. O documento foi entregue pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ao conselho diretor da entidade, na semana passada, em Washington, nos Estados Unidos.
O Brasil é o primeiro país das Américas a pedir o certificado de eliminação do sarampo. Na última década, o número de casos no continente americano caiu 99%, passando de 135,9 mil, em 1998, para 11 casos, em 2009.
De acordo com o ministério, o Brasil não registra a transmissão do sarampo desde 2000. A última vez foi em Mato Grosso do Sul. De 2001 a 2009, foram 67 casos confirmados. Em todos, os pacientes contraíram a doença em outros países ou em contato com infectados, os chamados casos importados.
Neste ano, foram confirmados casos da doença nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraíba e Pará. A Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde afirma que as infecções estão relacionados a casos registrados na África do Sul e na Europa. Segundo o governo, tais confirmações não tiram a condição de o país ser considerado livre do sarampo.
No relatório, o governo brasileiro informa que conseguiu vacinar 95% dos grupos prioritários contra a doença. Na década de 1970, 5% dos infectados morriam. A partir da década de 1990, o País passou a fazer a vacinação em larga escala, com o uso da vacina tríplice viral para crianças de um ano. A vacina é recomendada para a população até 49 anos.
Agência Brasil
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